sexta-feira, 24 de abril de 2009

BRANCO

Cabelo frouxo
solto no vento
pés liberados
pisando o chão
corpo folgado
vestido num
vestido branco branco branco branco branco

Suspiro longo
paz no pulmão
vento batendo
vazando a mão
olhos pro alto
luz na visão
de um céu branco branco branco branco branco

Beira de rio
beira de mar
areia fina
terra fofa
correnteza leva
sela o encontro
com espuma branca branca branca branca branca

Viagem longa
passeio curto
barco na onda
mãos num mergulho
vôo suave
sem cansar bato
minhas asas brancas brancas brancas brancas brancas

Banho de cheiro
luz no olhar
alma sem peso
saber ancestral
mensagem simples
velho traz paz
e sigo branco branco tanto
canto branco branco branco


--- Poema/canção para a sexta-feira. Para ser cantada e ouvida com uma cadência calma e quebrada ao fundo Para trazer e louvar um estado de paz e plenitude onde é branco. Escrita depois de um banho de rio, num sábado de tarde, na volta de uma viagem numa estrada sob um céu cinza de uma São Paulo com frio, na ameaça de uma chuva que não veio; no dia 03/01/2009

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